Decisão
Simp aceita proposta da prefeitura para data-base
Apesar dos protestos, municipários concordaram com a oferta de reajuste parcelado de 4,49%
Carlos Queiroz -
Os servidores municipais de Pelotas aprovaram na tarde desta sexta-feira (2) a proposta da prefeitura de parcelar o reajuste do funcionalismo, garantindo 4,49% de aumento. O índice é bem abaixo do esperado pela categoria, que tentava convencer o Poder Executivo a conceder 11,47%.
Em um auditório com cerca de 150 pessoas, os trabalhadores avaliaram a carta com a resposta da prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) às demandas apresentadas em três reuniões entre comissões do Sindicato dos Municipários (Simp) e da administração. Diante do documento, que não apresentava qualquer possibilidade de avanço nas negociações, a categoria resolveu encerrar o diálogo e aceitar os termos postos na mesa.
Com isso, o funcionalismo pelotense receberá 3,99% de reposição da inflação de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Porém, este percentual será dividido em duas parcelas: a primeira de 3% a partir de maio, sendo paga retroativamente na próxima folha. O restante, 0,99%, será incluído a partir de dezembro ou em mês anterior, caso haja aumento na arrecadação. Como ganho real, os trabalhadores receberão apenas 0,5%, um décimo do que pediam. Além disso, o vale-alimentação será ampliado de R$ 200,00 para R$ 220,00.
Para o vice-presidente do Simp, Tiago Botelho, houve intransigência da prefeita. "Diferente do que acontece em outros municípios em que há como negociar, aqui a pauta econômica não avança, mesmo que tenhamos dados técnicos que deixam clara a possibilidade de melhorar o investimento no funcionalismo", disse.
Piso dos agentes de saúde
Apesar de aprovar a contragosto a oferta da prefeitura, o Simp considerou como pontos positivos obtidos nas tratativas a não implicação na ficha funcional dos servidores os dias de greve e a garantia de pagamento do piso salarial dos agentes comunitários de saúde, que deverá ser depositado em folha complementar na próxima quarta-feira (7).
Ação judicial
Um dos temas mais polêmicos dentro do debate que envolveu a data-base dos servidores - o corte do ponto daqueles que participaram da paralisação contra as reformas trabalhista e previdenciária - fez com que o Simp recorresse ao Judiciário.
Conforme a direção, representantes do sindicato irão a Porto Alegre na próxima semana para uma reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT) para tratar do tema. "Estão tirando nosso direito de greve e luta por direitos, é uma forma de assédio moral", protestou Botelho.
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário